sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

relato de amamentação

Se tinha uma coisa que eu queria fazer, além te ter meu filho de parto natural (que infelizmente não consegui, mas já sonho com um VBAC), era amamentar. Quando me vi prestes a fazer a cesariana pedi muito a Deus que pelo menos me deixasse amamentar Henrique! E ainda bem que fui perfeitamente atendida!

Toda nossa história de amamentação já começa na sala de parto, quando conversei com a neonatologista que iria assisti-lo, para que me deixasse amamentar ainda ali, assim que nascesse. Bom, Henrique não quis mamar, mas pelo menos veio ao peito. Pedi também que não fosse dado em momento algum complemento, mamadeira, bicos artificiais e afins enquanto estivéssemos no hospital, e graças ao bom Pai, fui respeitada! Muita história de insucesso na amamentação já começa aí, então se você tem o desejo de amamentar de verdade, converse com seu médico, com o neonatologista e com as enfermeiras do berçário do hospital onde vai ter o bebê! É extremamente importante!

Durante a gravidez busquei me informar não apenas a respeito do parto, mas também do amamentar. Li vários relatos, estudei sobre os tipos de bicos, pegas corretas, armazenagem de leite, assisti vídeos explicativos, posições de amamentar, colostro/apojadura, etc etc etc. Então acho que informação fez toda a diferença! Mas além da informação, nossa mente também coopera para o sucesso ou insucesso na amamentação. Se você coloca na cabeça que seu leite é forte, capaz de alimentar sua cria, que o bebê só precisa disso pra viver (e nada de água, chazinho, complemento, suquinho e afins), se você realmente fecha os ouvidos para as leseiras que ouve por aí sobre o leite, vai dar certo! Eu defendi com unhas e dentes que a amamentação com Henrique seria exclusiva realmente, e que seria em livre demanda - ou seja, quando ele quisesse, na hora e local em que quisesse mamar.

Assim que meu filho veio para mim no quarto da maternidade, coloquei ele em meu seio. Aquela primeira mamada foi muito difícil! Difícil pela posição em que eu precisava estar (passei por uma cesariana), difícil porque eu precisava ensinar meu filho a mamar e não podia me movimentar bem, difícil porque Henrique chorava até conseguir segurar o bico. Era uma experiência nova para nós dois. Mas minha mãe, meu marido e a enfermeira do hospital foram muuuuito pacientes e meu bebê conseguiu engolir aquelas gotas preciosas de colostro. No primeiro momento em que ele pôs sua boquinha em meu seio, fui no céu. Não de dor, de imenso prazer. Nossa, que lindo poder amamentar meu filho! Eu sou tudo de que ele precisa!

Nos dias seguintes fomos nos adaptando e tudo fluindo bem. O bico do meu seio não é muito grande, mas era o suficiente para que Henrique agarrasse bem. E como ele agarrava! Sugava perfeitamente bem, foi super elogiado pelas enfermeiras do hospital! Ele sorvia lindamente o colostro! A apojadura (descida do leite) só aconteceu depois de 5 dias. Enquanto o mundo dizia que eu era louca por deixar meu bebê "com fome" por todo esse tempo, fui serena e confiei no poder do meu leite. Eu sabia que ele desceria! E quase chorei quando vi aquele líquido branquinho escorrendo pela primeira vez!

Os primeiros dias foram intensos. Sempre quis amamentar em livre demanda, então não segui nada daquela balela de médico dizendo que tinha que acordar o baby de 3 em 3 horas para alimentá-lo. Se era de hora em hora eu tava ali, se Henrique passava 5h seguidas dormindo, eu esperava. Sabia que quando ele tivesse com fome acordaria. Ele perdeu 200g nos primeiros dias (completamente normal o bebê perder até 10% do seu peso logo no início, e ele perdeu menos que isso) e em 10 dias já tinha recuperado tudo! A palavra de ordem era livre-demanda! E a pega correta é outra coisa imprescindível. Muita gente não consegue amamentar por causa disso, então é muitoooo importante se informar e buscar um banco de leite se for necessário. Eu não precisei, mas indico muito pra quem tem dificuldade.

Nos primeiros dois meses Henrique mamava muitoooo, era o dia todo pendurado no peito. Como o bico dos seios não estava acostumado a tanta intensidade assim (rsrs!), ficou bastante dolorido. Não sangrou, não feriu, não teve fissura, mas ficou muuuuuuuito sensível, ao ponto de eu não querer que nadaaaa encostasse. Colocar sutiã era uma tortura, qualquer roçadinha de tecido era coisa de louco... E quando meu bebê mamava eu derramava algumas lágrimas, mas suspirava e seguia em frente. Pois é, quem disse que seria fácil mesmo? Mas minha vontade de amamentar era maior que minha dor. Sendo assim, quando ele terminava de mamar, eu limpava o seio, passava a pomada Lansinoh e colocava a concha de amamentação por um tempo. Foi isso que me salvou! rsrs! Passados uns dias, parei a pomada e a concha. Ah, só lembrando que eu usava a concha de amamentar somente para fazer uma barreira entre o seio e a roupa. Eu não amamentei hora nenhuma com bico de silicone. Sempre que ia dar o peito, tirava completamente a concha.

Eu quis tanto insistir na amamentação que não comprei nenhuma mamadeira sequer para o enxoval de Henrique. Nem mamadeira, nem chupeta, nem bico de silicone. Além de prevenir confusão de bicos, economizei um dinheirão! kkkkk! Até hoje ele não sabe o que é receber o leite através de mais nada que não seja meu peito (e não faz ideia do que é uma chupeta)! E, gente, ele mama muuuuuuuuuuuuito! Hoje em dia mama menos do que antes, as mamadas são mais rápidas, mas ainda assim ele é muito apegado ao peitinho da mamãe. rsrs!

E aí que tudo foi se ajustando, tudo ficando perfeito! Amamentar é lindo! Dói no começo, requer muita paciência, persistência, mas é incrível! Você saber que pode alimentar seu filho e que tudo que sai do seu peito é suficiente para fazê-lo crescer saudável é inenarrável! Vale a pena! Se eu já era antes, virei uma super ultra mega power defensora da amamentação de leite materno em livre demanda!


Até os 6 meses seguiremos com leite materno exclusivamente. Meu leite é poderoso! Com 3 meses, Henrique está (estava na última pesagem) com 6.035kg e 62cm de pura gostosura e LM! Tivemos poucas dificuldades no processo, mas eu precisava escrever aqui pra encorajar quem deseja fazer o mesmo.

Beijos pra vcs!

15 comentários:

  1. Que texto lindo! Há uma super-mãe por trás de cada palavra. Muito bom ver que é possível "tomar as rédeas" desse momento. Imagino que tem tanta gente querendo moldar o "jeito certo" de fazer as coisas, mas vc mostra nesse texto que buscar conhecimento e ter autoconfiança podem fazer toda diferença. Uma dúvida: a sensibilidade no peito passa com o tempo?

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  2. Talita, me emocionei muito lendo o seu texto... acredito que ele há de encorajar muitas futuras mamães a fazerem o mesmo!!! Bjos!!!!

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  3. Lindo me emocionei muito, a Stella só conhece meu gosto, é um momento de amor e entrega, nada se compara.

    Bjoos

    http://omundinhodaday.blogspot.com.br/

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  4. Também fiz o mesmo pedi a Deus e Ele me ouviu...obrigada meu Deus! Tudo de bom! Tenho um bebe de 1 ano e três meses....Já estou te seguindo... visite-me também e se gostar me siga.. meu endereço é www.gisellemaisfeliz.blogspot.com.br... te espero e espero que goste! vou continuar navegando por aqui...

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  5. Lindoo, lindo. Um exemplo a ser seguido.
    Meu sonho tbm é amamentar minha pequena exclusivamente até os 6 meses e nada de chupeta. Eu nunca chupei e gostaria que ela tbm não se tornasse refém da plasticuda ... hahaa!
    Amiga, posta o relato do parto.
    Bjs!

    http://deliriosdeumamaedeprimeiraviagem.blogspot.com.br/

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  6. Uhulllllllll! Parabéns! Quero ter essa coragem, quero ser persistente também, quero amaentar no peito siiiiiiim! Prometo ir em frente, suportar tudo para que isso se realize!

    http://antesdopositivo.blogspot.com.br/

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  7. Parabéns Tatá!
    Por essa linda história em construção! Por ter se mantido fiel às tuas ideias e ideais!
    Aqui também seguimos firmes e fortes sem intermediários.
    Bjinhos

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  8. Talita que saudades de você querida!!!! É sempre bom ler seus posts, adoro a forma que você escreve sobre Henrique, transborda amor!!!!
    Parabéns pela garra e persistencia, valeu super a pena, Henrique esta enorme e lindo <3
    Bjuss Mima.

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  9. Oi Talita, muito legal contar sua experiência com a amamentação.
    Confesso que esse tema tem tirado meu sono, quero muito amamentar exclusivamente no seio, mas tenho um agravante, pois tenho bicos muito sensíveis e uma certa agonia ao toque, vou precisar vencer todas essas barreiras para alimentar minha pequena, mas estou disposta. Quero me informar bastante a respeito.
    Bjus****

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  10. Que lindo o teu relato, eu também quero muito amamentar. A Liz já ganhou uma chupeta e eu vou esconder num lugar bem escondido porque o pessoal da minha familia ama um bico rs. Estou me preparando psicologicamente e fisicamente, eu tenho o bico do seio bem pequeno, é plano, e morro de medo disso atrapalhar. Enfim, com perseverança e fé chegaremos lá!

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  11. Quanto amor né??
    Quanto a gente insiste.... Lindo seu relato. Rs, me indentifiquei em varias partes!
    Tem que ter muito peito pra seguir em frente, né não?
    Beijosss

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  12. Quanto amor né??
    Quanto a gente insiste.... Lindo seu relato. Rs, me indentifiquei em varias partes!
    Tem que ter muito peito pra seguir em frente, né não?
    Beijosss

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  13. Amamentar é muito difícil no começo, eu jamais imaginei que fosse assim. Nos primeiros dias eu quase não aguentei, chorava sem parar pois doía muito, o leite jorrava e os mamilos chegaram a sangrar várias vezes. Mas depois a gente vai se ajustando, como você falou, e tudo fica mil vezes emlhor. Eu adoro amamentar, é uma das melhores coisas da vida e fico feliz por ter seguido firme nos dias mais difíceis e não ter desistido.

    Beijos!
    www.baudabijou.com.br

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  14. Oi, Talita! Que bom ver notícias suas! Continuem assim! Olha, eu também amo amamentar e por aqui a Liana também segue forte em livre demanda e sem nunca ter mamado uma mamadeira durante os seus quase nove meses de vida fora do útero.
    Beijos, Rita

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  15. Que amor nestas palavras!!! Amamento até hoje e foi um dos meus pedidos a Deus quando descobri a gravidez!!!

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