dezembro chegou...

...e com ele uma vontade ainda maior de ter um filho. Passei o dia inteiro pensando nisso, mais uma vez. Ouvi várias e várias vezes minha playlist “sonho”. Imaginei como seria meu filho, como vai ser a minha vida depois de sua chegada, e me perguntei se ele vai gostar de música como eu, se vai ter os olhos do pai, e se vai sorrir quando eu chamar seu nome. Nunca me deu tanta vontade de ser mãe, de ter um serzinho aqui dentro de mim, se desenvolvendo.

Não sei quanto tempo falta pra isso acontecer, infelizmente. Queria ter uma bola de cristal pra ver quando esse sonho vai ser realizado. E logo eu, que sempre fui muito controladora, sempre gostei de ter as coisas programadas, fico nesse mar totalmente à deriva, sem saber quando essa ansiedade vai ser aplacada. É difícil, viu? Agora eu entendo mais do que nunca as amigas tentantes, porque sou uma delas, passamos pelas mesmas angústias. E não tem isso de estar no primeiro, no quinto, décimo ou quadragésimo ciclo, a ansiedade é mesma, a intensidade das emoções são as mesmas.

Na mente passam várias coisas, você começa a se preocupar e pensar se está tudo realmente bem com o seu corpo (mesmo que confie em si, que tenha os resultados dos exames ótimos e tudo em seu devido lugar, como manda o figurino), começa a se pensar também se o fato de demorar pode querer dizer que você não está preparada ainda pra ser mãe, e mais um monte de abobrinhas... Eu sei, tenho plena certeza de que estou pronta pra embarcar nessa jornada maternal, mas essas dúvidas pintam às vezes e sei também que elas são fruto da ansiedade.

Tenho a certeza de que, depois que eu vir duas listrinhas num teste de farmácia qualquer e uma quantidade linda de HCG no meu sangue estampada num papel, nada disso vai importar mais, eu sei. Talvez eu nem me lembre dessas inquietações quando esse momento chegar. E é pra isso que serve esse blog, pra registrar isso tudo que sinto hoje. E hoje o que eu mais pensei foi: “não demora muito pra vir, meu bebê!”.